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“A Ebury tem mais de 1000 pessoas a trabalhar remotamente, não tendo ninguém nos escritórios a nível mundial” nas palavras de Duarte Monteiro


Duarte Libano Monteiro –
Country Manager, Ebury Portugal

Como é que a Ebury, enquanto organização, está a reagir aos desafios deste surto epidemiológico?

A Ebury Portugal, face à atual crise do Covid-19, e em prol da segurança dos seus colaboradores e dos demais, está desde o dia 13 de Março a 100% em teletrabalho assegurando todos os seus serviços, com a devida normalidade. Como organização baseada na Cloud, a Ebury sempre esteve muito bem posicionada para operar a partir de qualquer lugar. Isso foi fundamental para apoiar o rápido crescimento dos últimos 10 anos. Com este recurso essencial é possível continuar a fornecer todos os serviços aos clientes neste momento crítico.

Todos os serviços da Ebury continuam totalmente operacionais. A tecnologia utilizada pela Ebury permite que os pagamentos e transações internacionais sejam processados normalmente através do gestor de conta ou do Ebury Online (uma plataforma da Ebury), disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Com 1000 colaboradores em 21 países, esta digitalização facilita todas as operações mundiais, que, na verdade, eram já uma constante no nosso dia-a-dia.

 

Qual a importância de um plano de continuidade de negócio na v/ actividade atendendo à ameaça global que atravessamos com o Covid-19?

O negócio da Ebury está a decorrer normalmente e em pleno funcionamento. Continuamos a apostar, a acreditar e a incentivar a internacionalização das empresas portuguesas, sendo que atuamos como agente facilitador nas várias vertentes desse processo. Um bom plano de continuidade é essencial para o funcionamento de uma empresa, e no caso da Ebury em 48h tínhamos mais de 1000 colaboradores em mais de 20 países a trabalhar em teletrabalho mantendo o mesmo nível de serviço e assegurando os tempos de resposta aos nossos clientes. Pagamentos e recebimentos continuam a efectuar-se em diferentes moedas garantindo assim o rápido pagamento e rápido recebimento dos nossos clientes, ajudando a manter as tesourarias das empresas o mais estáveis possível, e garantindo a saúde dos nossos colaboradores.

 

Até que ponto a sociedade depende da transição para o digital para a sua sobrevivência, atendendo a que uma boa parte da economia em Portugal ainda é conservadora no capítulo da desmaterialização?

A transformação digital tem sido uma evolução natural para as empresas nos últimos tempos. No caso da Ebury, já iniciámos o percurso nesse sentido há bastante tempo, pelo que a digitalização da nossa actividade sempre foi uma constante. Isso permite agilidade nos processos bem como redução de custos, o que fornece aos nossos 1500 clientes uma resposta mais prática e eficaz para as suas necessidades. Em termos gerais, essa transformação foi acelerada nesta fase, por força das circunstâncias, nas empresas que operam em Portugal. Algumas de forma mais rápida e assertiva, e outras de forma mais complexa, devido aos sectores em que atuam. Mas penso que, em termos gerais, temos visto uma adaptação muito positiva neste sentido, com as empresas a rapidamente se adaptarem às circunstâncias e também a aproveitarem as oportunidades que até aqui não viam como fundamentais. Importante mencionar que em certos sectores, como a indústria, não é tão fácil a digitalização dos seus processos e para certas empresas é essencial que continuem com pessoas a trabalharem no dia a dia, para garantir o funcionamento do país e garantirem os bens e serviços essenciais.

 

Deixaria algum conselho às empresas do sector fintech no que respeita à definição, por design, deste tipo de planos de contingência enquanto instrumentos fundamentais do negócio?

Sendo as fintechs, por natureza, baseadas no digital, é importante que tirem partido desse seu habitat natural e facilidade de reinvenção em relação à banca e demais entidades do sector financeiro. Assim, devem permitir-se sempre desconstruírem-se e reajustarem-se aos momentos como o actual.

 

Quais as lições para o futuro que os negócios devem retirar deste tipo de fenómeno?

Fenómenos como este demonstram que os mercados podem ser muito voláteis e que devemos estar capacitados para trabalhar com plataformas digitais e de colaboração bem como contar com equipas transversais bem preparadas, dotadas de capacidade de adaptação e espírito inovador, como é o caso da Ebury. De qualquer forma, gostaria de realçar a adaptabilidade e resiliência das empresas portuguesas num momento como este.